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Conheça os projetos desenvolvidos na edição 2021 do NPA

Em 2021, o Núcleo de Projetos Audiovisuais de Curitiba realizou três Núcleos de Desenvolvimento: curtas, longas-metragens e séries. Conheça as histórias, as autoras e os autores que participaram do NPA este ano.

A FESTA VIZINHA 

Aventura | Público Infantil

Laís é uma pré-adolescente cansada de passar os carnavais no acampamento da sua igreja. Só que este ano ele será diferente: uma trupe de circo é a mais nova vizinha. Enquanto os fiéis fazem de tudo para ignorar a trupe do outro lado do muro, Laís faz um amigo em Felipe, um jovem festeiro. Ele a convida para uma festa, mas Laís precisa da chave do portão para chegar do outro lado – e ela está sob a posse do pastor. Com a ajuda de suas primas, Laís tenta fazer o roubo durante as atividades diárias, mas nada feito. Só resta uma opção: invadir o dormitório masculino e pegar a chave na surdina. Por muito pouco, elas têm sucesso . A caminho da festa, as primas não têm coragem de seguir em frente, mas Laís vai até o fim. Ela encontra Felipe e admira a festa, diferente de tudo que já viu. 

THAÍS VILA NOVA GOMES
Graduada em Cinema pela FAAP, dirigiu e roteirizou dois curtas-metragens, “Olhos de Vidro” (2016) e “Sentinela” (2018). Atualmente trabalha como produtora de conteúdo no reality “Duelo de Mães” (BAND) e ministra oficinas de cinema na escola estadual E.E.Manoel de Nóbrega. 

À NOITE PENSAMOS QUE SIM 

Drama | Adolescentes e jovens dos 15 aos 30 anos

É manhã e Tiago, jovem rebelde, volta a pé para a casa de uma festa e Caju, sua sobrinha de 10 anos, bisbilhota sua gaveta, cheia de coisas proibidas. É tarde e os dois passam mais uma tarde de calor juntos, com amor e muita encheção de saco. É noite e Tiago leva seus amigos para casa e Caju, corajosamente, irá experienciar sua primeira noite de rebeldia. Ela nunca se esquecerá.

DINDJA MIOTTO
Goiana de 21 anos que atua como realizadora audiovisual, roteirista e diretora de arte. Atualmente reside em Curitiba, onde se formou em Cinema e Audiovisual pela Universidade Estadual do Paraná (FAP). Dindja é co-fundadora da produtora audiovisual Torra Filmes, em que produz e realiza projetos audiovisuais autorais, que apostam no hibridismo entre cinema, música e artes visuais. 

CASA FUTURO 

Ficção Científica | Maiores de 14 anos interessados em ficção científica, relações de gênero e masculinidade tóxica

Dé é um homem responsável por testar uma casa inteligente comandada por uma assistente virtual incrivelmente humana. A assistente é uma representação feminina que atende pelo nome de Cá, sendo sua única companhia no período. Com o passar dos dias, Dé se apaixona por Cá. Após beber demais, Dé se declara, mas não é correspondido e acaba agredindo as paredes da casa. Depois do episódio, a tecnologia começa a apresentar defeitos. Dé não entende se é proposital ou se a casa realmente apresentou falhas. A relação dos dois se torna insustentável, até que Dé resolve desligar o sistema, “matando” a casa. Na manhã seguinte, Dé se vê preso dentro do quarto, enquanto outro homem, igual a ele, assume suas funções, em mais um teste feito pela casa para a evolução do ser humano.

FABIO OGASSAWARA
Roteirista, redator e ator curitibano. Graduado em Publicidade e Propaganda pela UFPR, formou-se ator pelo curso de teatro e TV do Barracão Encena. Trabalha como roteirista na Fluency Academy. Conquistou bronze no anuário do Clube de Criação PR 2021 com filme para o Clube Gazeta e participou do Núcleo de Projetos Audiovisuais 2021 na categoria curta, com o projeto “Casa Futuro”. 

ESPERANZA 

Drama | Interessados no tema da imigração, imigrantes no geral e comunidade boliviana no Brasil

Recém chegado ao Brasil, Julen, um jovem cozinheiro boliviano, falta em seu trabalho de vendedor de sapatos para ir a uma entrevista de emprego no refinado restaurante Esperanza. Ele precisa do trabalho para ter um salário melhor e assim poder trazer sua filha Valentina para morar consigo. Para a entrevista, decide-se entre o preparo de uma sopa de maní boliviana e uma clássica e desafiadora omelete francesa. Ao chegar no restaurante, percebe que a chef o vê como exótico e espera que prepare algo de suas origens. Ávido pelo seu objetivo, ele cede e joga o jogo da branquitude, mas sai do restaurante frustrado por ter sido objetificado. Na volta para casa, encontra na solidariedade de classe uma verdadeira faísca de esperança. 

HUGO LOBO MEJÍA 
Produtor, diretor e roteirista. Graduando em Cinema e Audiovisual pela Universidade Estadual do Paraná. Trabalhou como continuísta no longa-metragem Abestalhados 2 (2021) de Marcos Jorge e Marcelo Botta (Zencrane Filmes/Salvatore/Fox Warner). Produz, dirige e roteiriza o curta-metragem “Esperanza” em coprodução com GP7 Cinema.

JORNADA IRREGULAR 

Aventura e Drama | Trabalhadores informais

Um jovem e rebelde entregador vê sua difícil noite de trabalho se tornar uma aventura inusitada quando uma cliente o obriga a lhe trazer maconha, ameaçando, senão, reclamar no aplicativo. Mas assim que conclui a missão, o rapaz descobre ter sido enganado pela mulher, que sofre uma crise de pânico na sua frente. Desprendendo-se da raiva, ele a acolhe, e os dois conversam madrugada adentro. 

ADRIANO REIS 
Natural de Manaus, atualmente reside na zona sul de São Paulo. Teve curtas-metragens exibidos no Festival POE de São José dos Campos, Festival RIFAC 2019, entre outros. Suas histórias são inspiradas em vivências pessoais e direcionadas a sintonizar entretenimento e conscientização do público. 

LAPSO 

Drama | Adolescentes de periferia e comunidade surda

Após flagrante em atos de vandalismo, Bel e Juliano, adolescentes da periferia de Belo Horizonte, passam a cumprir medidas socioeducativas em uma biblioteca pública. Bel, surda e skatista, enfrenta os desafios da comunicação em língua de sinais, que chamam a atenção de Juliano, um rapaz do rap. Entre anseios, afetos e incertezas, a jovem e o rapaz buscam entender seus propósitos de vida para resistir ao esquecimento do sistema. 

CAROLINE CAVALCANTI
Roteirista e diretora. Integrante da Revolucine, uma ideia em movimento, que propõe escritas de fanzines coletivas e oficinas de cinema em espaços socioculturais. Dirigiu “Tinnitus” e escreveu “Zero Decibel”, vencedor do prêmio Cardume Cabíria 2020. Seu roteiro “Lapso”, foi contemplado pelo edital “BH nas Telas” 2021.  Surda unilateral há 3 anos, tem experienciado novas relações com o som no cinema.

MUROS 

Drama | Público jovem dos 15 aos 25 anos

Muros é um filme que conta a história do intenso reencontro de dois fiéis amigos, afastados durante anos pelos desígnios mais duros da vida. Joel e Zito nos apresentam a possibilidade do amor e do carinho entre homens sensíveis que riem e choram, e mesmo que socialmente embrutecidos, mostram o poder da amizade e da cumplicidade. O curta fala sobre a construção de uma relação entre “irmãos” que dividem não só as dores do cotidiano, mas que compartilham, também, os amores, afetos, abraços e histórias de alegrias. 

GABRIEL BICO 
Produtor por 13 anos em 12 longas e 5 séries vivendo a importância de estar ao lado dos roteiristas na construção narrativa/criativa do projeto. Como produtor, tem filmes premiados, sendo um vencedor  em Gramado. Como roteirista, é oriundo de uma família de leitores e contadores de histórias, e de experiência de “escrevivência” ancestral familiar que deságua em histórias audiovisuais.

NAQUELA ESTAÇÃO 

Drama | Jovens negras entre 20 a 30 anos, classes C e D

Antonia Rusha é uma estudante negra tímida, que tenta passar despercebida pelas ruas de  Curitiba. Ao tentar sacar dinheiro no caixa rápido de um mercado, ela é impedida pela gerente, uma mulher branca que a acusa de roubar itens da loja. Intimidada, Antonia sai correndo do mercado antes de conseguir se defender e chega até uma estação tubo, com lágrimas de raiva. Quem a conforta é Victoria Badu (30), uma mulher negra à espera do ônibus, que faz Antonia refletir sobre coragem, empoderamento e que o abraço entre duas mulheres pretas também é cura. Depois do encontro com Victoria, Antonia decide voltar ao mercado e enfrentar a gerente, mas dessa vez, com o cabelo solto.

WIN
Winsana Ferreira N´ Tchalá, natural de Curitiba com origem brasileira e guineense. Estudante e aspirante a escritora.

NOITE DE FESTA 

Drama | Mulheres gordas e pessoas interessadas na transformação social

Gisele sai do seu apartamento à tarde para ir ao seu compromisso, porém na espera do elevador a vizinha solicita uma ajuda e Gisele aceita carregar uma travessa com salgados até o salão do prédio. Chegando lá, Gisele encontra o garçom Bento, seu conhecido da ONG, e desta forma ela permanece na festa. Durante o aniversário, Gisele guarda salgadinhos na bolsa e, nesse momento, escuta comentários gordofóbicos das vizinhas. Desta vez, ela decide falar ativamente sobre a atitude preconceituosa das vizinhas, dando um basta. Gisele se recompõe junto ao Bento e segue para o seu compromisso à noite. Chegando à praça, ela pega os salgados na bolsa, canta o parabéns em direção a um amontoado de papelão e o catador de recicláveis, Jorge, se levanta emocionado. Pelo menos, essa noite, é noite de festa!

MARYELLEN LIRA
Bacharel em Cinema, especialização em Artes Visual e uma década de experiência com  Produção de Arte para cinema e TV. Atualmente roteiriza curtas-metragens com propostas de reflexões sociais. Seu roteiro de curta-metragem “Estaciona Brasil” foi finalista do Script+ 2020 e o argumento para o curta “Noite de Festa” foi semifinalista do Cardume Cabíria 2020.

RITA TEM HORROR À NOITE 

Drama | Pessoas com mais de 60 anos

Aos 75, Rita se muda para o apartamento do filho Vicente. A mudança ocorre durante a pandemia, após sua vizinha e melhor amiga Dalva falecer dormindo. No novo lar, em vez de amparo, Rita encontra o temperamento difícil do filho e a insônia perturbará suas noites: a morte lhe parece cada vez mais próxima. Rita, então, às escondidas, compra um caixão. O forro do objeto é bem mais macio que os lençóis de sua cama e ela passa a dormir dentro do caixote. Mas o segredo é logo descoberto por Vicente e numa enérgica briga o precioso caixão cai do alto do prédio e é destruído.

BERNARDO TAVARES ROSA 
Formou-se em Cinema pela PUC-Rio, estudou Teatro na Universidade de Leeds com bolsa do programa Santander Mundi e é mestrando em Artes da Cena na UFRJ. Seu roteiro “Rita tem horror à noite”, finalista no MetrôLab 2020, foi selecionado para o NPA 2021 e seu primeiro curta documental, “O céu de lá”, participou de laboratório no 21º FBCU e estreou no 44º Festival Guarnicê.

TROPEÇO 

Drama | Homens e mulheres de 16 a 29 anos das classes D e E

Handal cresceu em uma família estruturada, mas seu amigo Maxado não teve esse privilégio. O pai de Maxado, Poeta, vive em situação de rua junto de Thaci. Maxado alimentava a expectativa e a curiosidade de Handal quando falava sobre seu pai. No dia que esse encontro acontece, além de Poeta, Handal também conhece Thaci. De alguma forma, ela o intriga e estimula a retornar. Quando os dois se encontram, ela demonstra estar sofrendo com a ausência de sua filha e pede um tempo de sua atenção, mas ele diz que está atrasado e só outro dia seria possível. Ele retorna e descobre que Thaci queria atentar contra sua própria vida, então a procura mas não encontra. No momento de ir embora, ele vê que alguém se jogou do viaduto, mas seu ônibus chega e ele embarca sem ao menos confirmar se era ela. 

HANDAL
Iniciou na arte escrevendo poesias na escola, que logo se transformaram em música para o show de talentos. Fora dos muros do colégio, começou a rimar nas batalhas de rimas e consequentemente performou no Slam de poesia. Tornou-se ator da Trupe Periferia, arte educador, organizador da Batalha do Parigot, artista de rua no transporte coletivo, locutor e roteirista de podcast.

CHRYSÓSTOMO 

Drama baseado em fatos reais | Pessoas acima de 16 anos com interesse em filmes biográficos

Drama biográfico narrado basicamente ao longo de um único dia – uma tarde em outubro e 1983 –, quando o jornalista, crítico musical e produtor cultural Antônio Chrysóstomo recebe em seu apartamento, no Rio de Janeiro, amigos e jornalistas para conceder ao jornal O Pasquim aquela que seria sua última entrevista. Militante, abertamente homossexual e um dos fundadores do Lampião da Esquina, o primeiro jornal brasileiro de grande circulação voltado a homossexuais e outras minorias, Chrysóstomo é entrevistado para promover seu livro “Caso Chrysóstomo: O Julgamento de um Preconceito”. Nesta obra, ele narra o processo marcado por mentiras, preconceito e perseguição que o colocou atrás das grades por quase dois anos, por um crime que não cometeu.

WILLIAM DE OLIVEIRA
Roteirista e diretor do curta-metragem “Aquele Casal” (2019), e corroteirista do curta “Pausa Para o Café”, ambos selecionados para importantes mostras e festivais de cinema. Seu primeiro longa-metragem, “Ursa”, fez sua estreia em outubro, no 10º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba. 

DEISE 

Drama | Jovem e adulto

Deise, funcionária exemplar em um estacionamento precário, é colocada em uma situação em que precisa ficar mais horas no trabalho. Desta vez, ela não pode contar com a vizinha que sempre cuida do seu bebê. Ela só tem duas opções: largar o emprego ou dar a sua filha um remédio para dormir. A consequência de sua escolha faz com que ela precise pedir ajuda à irmã, que chega para desestruturar a pouca estabilidade que ela já tinha alcançado na vida nova. 

STEFANI MOTA
Roteirista formada pela Roteiraria e Atriz formada pelo CPT – Centro de Pesquisa Teatral de Antunes Filho. Escreveu os curtas “Loucura de Amor, Telemensagens”, premiado na categoria Melhor Personagem do V ROTA 2021, e o curta “Coisas Que Você Só Vê Quando Quebram” em pré-produção. Como atriz, atuou nas séries “Manhãs de Setembro”, da Amazon Prime Video e “Irmãos Freitas”, da HBO Max.

DROM

Roadmovie | Mulheres entre 25 e 55 anos

Soraya Rudevik, mãe solo e advogada especialista em direito de família, é ótima em resolver os conflitos familiares dos outros. Para os conflitos da sua família, ela tem a solução perfeita: ficar longe. O seu problema não é com todo mundo. Para ela, a raiz de todo o caos é sua mãe. Com a morte de seu pai, ela volta para a sua cidade natal, Florianópolis, onde descobre que a mãe, Zenaide, foi diagnosticada com Alzheimer. Desestabilizada pelo luto, Soraya aceita embarcar com a mãe e sua filha em uma viagem para Goiás em busca do passado de uma tia perdida.

LÍVIA SUDARE
Roteirista, atriz e professora. Graduada em Artes Cênicas, é mestra e doutora em Teatro pela UDESC. Atualmente, é professora do Departamento de Fundamentos do Teatro da UFBA. Foi finalista do IV Rota – Festival de Roteiro Audiovisual, com a sitcom “EMA”. Com o mesmo trabalho, foi selecionada para as rodadas de negócio do SérieLab de 2020. Drom é seu primeiro roteiro de longa-metragem. 

HERDEIROS DO MEDO 

Terror | Adolescentes e jovens que gostam do gênero de terror e se identificam com os temas do projeto

Gabriel, um sensitivo adolescente negro de pele clara bolsista de um colégio de elite, é convidado por seus colegas brancos para passar um fim de semana num sítio. Lá, Gabriel se sente excluído até ser contatado pelo espírito de João, que promete aceitação em troca de ajuda para ser solto. No ritual, Gabriel acaba libertando almas de senhores de engenho, que se incorporam nos amigos dele. Perseguido pelos espíritos, Gabriel tenta fugir, mas é encurralado. Para conseguir escapar, ele usa seu dom sensitivo e entra em contato com os ancestrais, espíritos dos escravizados, que viveram no local. A partir dessa conexão entre o mundo dos vivos e dos mortos, Gabriel salva os amigos e derrota os espíritos dos senhores de engenhos. Assim, ele abraça seu dom sensitivo e entende sua negritude.

RICARDO SANTOS 
Formado em Audiovisual pela ECA-USP. Em 2019, foi selecionado para os laboratórios Griot e Rota, no qual ganhou prêmio de melhor pitching. Em 2020, foi roteirista colaborador da TDC Conteúdo, trabalhou com pesquisa na Maria Farinha Filmes e foi selecionado para eventos como Expocine, Cinepitching, WIS, etc. Atualmente trabalha como assistente executivo na Anonymous Content Brazil.

IMPRESCRITÍVEL 

Drama | Maiores de 18 anos

Nesta autoficção híbrida, a jovem cineasta Marina faz um filme sobre as consequências do abuso sexual infantil na vida adulta das vítimas. Após 9 anos sem ver Pedro, seu tio materno, Marina descobre que ele se casou e que será pai de uma menina. Sem conseguir esconder o segredo da família, ela revela que foi abusada sexualmente durante 12 anos por Pedro e decide denunciá-lo. Após descobrir que o crime prescreveu e que nada acontecerá com o tio, Marina decide usar o seu filme, com o qual passava por bloqueios criativos, para falar sobre o seu caso e cria Laura, uma espécie de alter ego sua e de outras vítimas que conheceu. Eliza, uma jovem atriz, que também foi vítima de abusos sexuais, passa no teste para interpretar o papel, mas sem querer encarar o trauma, enfrenta problemas para finalizar a produção.

JÉSSICA RODRIGUES
Trabalhou como roteirista e diretora dos curtas documentários “Mulheres de Assis” (2015) e “Dama da Noite” (2018). Este último, venceu os prêmios de Melhor Roteiro e Melhor Atriz do Festival de Cinema Comunicurtas 2018. Foi selecionada com o longa-metragem “Imprescritível” para o NPA 2021 e para W.R_LAB 2021. Tem realizado formações nas seguintes áreas: roteiro, direção e continuísmo. 

LEOPARDO

Drama esportivo | Jovens de todos os gêneros das periferias do Brasil

Criado pela mãe, Leonardo, 18, alcoólatra e adicto, é um arrogante craque da várzea, o futebol amador das quebradas, que acha que tem tudo sob controle. Quando aparece a chance de ascender ao futebol profissional, ele a estraga chegando virado e alterado para fazer o teste para um time grande. Mas, quando sua mãe, que tratava um câncer e escondeu dele que fora desenganada, morre subitamente, Leonardo vai parar no fundo do poço do vício. Ao atender o último desejo dela, acaba reencontrando o pai, um ex-jogador profissional que largou carreira e família por vergonha de também ser alcoólatra e adicto. Por meio do que os une, a paixão pelo futebol, o rapaz vai descobrir que só poderá entender a si mesmo e assumir um filho indesejado depois que deixar a arrogância e entender seu pai.

RAFAEL PIMENTEL E RICARDO CRUZ 
Rafael, jornalista, é profissional de RTV com passagens por canais como MTV, SBT, Band e CNN, em funções técnicas, como edição, e também na área de jornalismo. Ricardo é jornalista, com passagens por publicações como as revistas Trip, Rolling Stone e GQ, nas quais foi diretor de redação. Ambos estudaram roteiro na Roteiraria e “Leopardo” é o primeiro projeto que desenvolvem juntos.

ONDE MORAM OS IRMÃOS 

Drama | Público de festivais de cinema nacionais e internacionais

Depois que uma companhia telefônica faz várias ligações na casa de Lívia cobrando antiga dívida de seu irmão falecido anos atrás, ela se vê rememorando segredos e tormentos do passado. Sem saber como lidar com suas dores e medos, Lívia acaba se envolvendo cada vez mais invasivamente na vida privada de seus inquilinos, moradores de imóveis que ela administra para sua família. Após se intrometer em uma crise conjugal, Lívia é chamada de maluca por um dos locatários. Tentando se entender, ela busca ajuda médica, mas os exames não apontam nenhuma anormalidade. Sem nenhuma resposta para seu estranho comportamento, Lívia começa a acreditar que vive um tipo de luto tardio. Ao tentar se ajustar a uma normalidade dando nome ao que sente, ela vê que seu comportamento continua sendo um mistério.

MARISA MENDONÇA 
É formada em Cinema e Mídias Digitais pelo IESB e em Artes Plásticas pela UnB. É sócia-fundadora da produtora cinematográfica independente Mão Única Filmes. É diretora, roteirista e montadora dos curtas “O radar” (2019), “Os ouvidos das paredes” (2017) e “O corpo da carne” (2012), exibidos em festivais internacionais e nacionais. 

POTÊNCIA 

Distopia e Fantástico | Público Adulto, que se identifica com temas raciais 

A Usina é um imenso complexo habitado por populações negras e indígenas, as potências. A qualquer hora, quando um som grave ressoa, potências desaparecem em um feixe de luz: tecnologia que produz eletricidade ao Brazil há gerações. Pierre é uma dessas potências, jovem que cresceu sabendo que todo dia podia ser seu último e buscou refúgio em salas de cinema povoadas de rostos brancos brazileiros, crescendo nele o desejo de se tornar quem eles são. Mas é quando Pierre descobre dezenas de filmes escondidos feitos por gerações de potências, que alcança uma história apagada no tempo: o cinema pertence aos antepassados da Usina, seus antepassados — que eram dotados do poder de projetar a imaginação no plano real. O cinema brazileiro é um rapto e uma reprodução incompleta deste cinema potente.

ANDREI BUENO CARVALHO 
Graduado em Cinema e Vídeo. Atua nas áreas de Produção, Produção Executiva e Captação. Sócio fundador da Cartografia Filmes, produtora vocacionada para o audiovisual negro. Diretor Executivo no Griot – Festival de Cinema Negro Contemporâneo. Curador de projetos em desenvolvimento no Curitiba_lab 2020/2021. Seu curta de estreia, “Copiloto” (2018), foi selecionado em diversos festivais nacionais.

RODA DA FORTUNA 

Comédia e Drama | Pessoas jovens e adultas, entre 18 e 70 anos, de todos os gêneros

Cida quer abrir um novo negócio e já tem até clientela: planeja montar um foodtruck nos arredores do campinho de futebol, a sensação do bairro, onde seu filho, Robertinho, treina um time de futebol amador e Raíssa, sua neta, também é jogadora. O time vence a semifinal e está prestes a se classificar para a copa nacional, mas Robertinho gastou todo o dinheiro do caixa destinado para a viagem do time e pede ajuda para mãe. Cida precisa decidir entre desistir de seu sonho e acobertar os atos do filho, ou manter seus planos de um novo negócio e permitir que Robertinho sofra as consequências.

NATHÁLIA TEREZA E TOMÁS VON DER OSTEN 
Recentemente, os roteiristas dirigiram o primeiro longa-metragem juntos (em pós-produção). Ambos realizaram curtas-metragens que circularam em importantes festivais. Nathália dirigiu os filmes A Mulher que sou, De tanto olhar o céu gastei meus olhos, A outra margem e A casa sem separação. Tomás dirigiu Chão de Rua, Vó Maria, e A Invenção da Noite, além de atuar como montador.

SELVAGEM 

Drama e Comédia | Classes B, C e D

Empregado de rico fazendeiro, o moço gay Love ama o povoado onde mora no sertão de Minas divisa com Bahia e sonha ter uma moto. Prestes a completar 33 anos, “a idade de Cristo”, como ele diz, Love tem suas economias roubadas e decide dar uma grande festa de aniversário para juntar dinheiro e terminar de pagar parcelas do consórcio de sua moto. Terá ajuda de suas grandes amigas: a sacoleira Adélia (60), a jovem Didiene (18) e a moça cega Tuca (30). Obcecado com seu objetivo, Love negligencia problemas das amigas. Contra tudo e todos, mobiliza os moradores, enfrenta preconceito, morte de melhor amiga, abandono e críticas de quem mais gostava, e consegue dar a festa. Mas desiste da moto e luta para não abandonar o povoado, ao perceber que vem perdendo o que tem de mais valioso: suas amizades.

SAULO SALOMÃO E LOURAIDAN LARSEN 
Ambos têm experiências em roteiro, produção e direção. O 1º longa da dupla, “Selvagem”, está aprovado no edital de desenvolvimento da Ancine (script doctor: Miguel Machalski) e foi selecionado no Laboratório Novas Histórias (2020), no Brasil CineMundi (2021) e no NPA (2021). Atualmente, preparam-se para dirigir o curta “Samuca  Vai à Praia”, aprovado no Fundo Municipal de BH. 

TUBO EXPRESSO 

Comédia | Jovens de 18 a 30 anos 

João (27), cobrador de ônibus em um Tubo Expresso, sonha em ser escritor. Durante um sábado de labuta, o jovem recebe a notícia da aprovação em um Mestrado de Escrita Criativa. Sem bolsa para estudo. Então, deve decidir entre aceitar a vaga no curso, que considera essencial para perseguir sua paixão, ou o atual emprego — sustento da família. Porém, uma escalada de eventos surreal e absurda torna seu dia de trabalho tão frenético que mal consegue considerar o dilema. Junto ao melhor amigo Leonel (27), cobrador do Tubo oposto, atravessa a série de episódios inusitados e aparentemente desconexos, mas que, no fundo, contém aprendizados importantes. Ao fim da trama, João compreende: tudo que precisa é um caderno, uma caneta e olhos treinados na observação da comédia humana.

LUCIO STABILE 
Formou-se em Engenharia Mecânica em 2018, e se encontrou na literatura/audiovisual em 2020. Escreve para recuperar o tempo perdido. Em seu portfólio, há contos, romances, ensaios, curtas-metragens, documentários corporativos, com projetos no Brasil e Estados Unidos. Desenvolve agora seu primeiro roteiro de longa-metragem. 

X-23

Drama | Classificação 16 anos

O “X-23”, é uma ficção inspirada em fatos reais, que se passa inteiramente em uma cela de prisão. Rodrigo (22), que há menos de um mês foi preso por um crime que não cometeu, acaba de ser transferido para cela onde está Antônio (44), seu pai. Antônio, réu confesso condenado por tráfico de drogas, é tomado por grande tristeza e angústia ao se deparar  com o filho naquele local. Pai e filho não irão dividir apenas o cárcere, mas também dores, frustrações, afeto e perdão. A conversa de pai e filho, junto com as interações dos outros detentos, se estende por três dias em meio a uma greve de fome, ocasionada pela constante entrega de marmitas estragadas, e pela iminente rebelião que está para acontecer no presídio.

MANO CAPPU  
Rapper, roteirista e diretor. Em 2011, ficou preso durante 18 meses por um crime que não cometeu. Em 2019, começou a escrever sobre suas vivências no cárcere para o cinema, com os curtas-metragens “Bença” e “Quando Eu For Grande?”. Em 2020, foi premiado no Nicho 54 com a série em fase de desenvolvimento “Labirinto”, e hoje é um dos membros da Rede de Talentos do Projeto Paradiso.

ALÔ, ALÔ MARCIANO 

Comédia e Ficção Científica | Público Adulto 

O ano é 2045 e contra todas as previsões científicas, o brasileiro é o primeiro povo a pisar em Marte. Em uma missão envolvendo tecnologia, gambiarra e muita prece, seis astronautas de partes diversas do Brasil embarcam no foguete conhecido como “Girombão” e chegam ao planeta vermelho a fim de colonizá-lo. Depois do churrasco de comemoração, a equipe se depara com uma das maiores perguntas já feitas pela humanidade: e agora? Com quase nenhuma orientação, a líder intempestiva Ana, o romântico técnico de informática William, a superficial botanista Maria Everalda, o gambiarrista cansado Chico, o estranho cientista Dr. Saulo e a médica mística Marluce terão que usar de todo o jeitinho brasileiro para se assentar no inóspito planeta sem que seus problemas pessoais avacalhem com tudo. 

JOÃO CASTRO 
Formado em Licenciatura em Artes Plásticas pela UFRJ e em Direção pela Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Como roteirista, venceu editais como o Prodav 5/2016, foi selecionado para laboratórios como o Usina do Drama 2020, e teve um projeto no Pitching do Ventana Sur 2019. Atua como desenhista de storyboard na série “Família Pharmaco” (roteiro: Miguel Falabella) e como diretor na animação “Cururu Tei Tei”. 

ANTES DO FIM 

Comédia Romântica, Musical e Época | Adolescentes, jovens adultos e nostálgicos da virada do milênio

Essa história começa em 2010, quando o relacionamento de Maria e Gabi chega ao fim. Mas em seguida apertamos o botão de rebobinar e chegamos em 1999, quando uma compositora anônima e uma nerd de games se conhecem em meio a uma revolução tecnológica e cultural que vai mudar o mundo. Embora Maria perceba quase de imediato que está apaixonada, Gabi vem de uma família conservadora e demora para aceitar seus próprios sentimentos, o que faz com que se tornem apenas amigas. Maria consegue assumir sua sexualidade, especialmente porque o universo indie rock curitibano é um pouco mais aberto. Já Gabi, que precisa ser a herdeira perfeita de um império madeireiro, só consegue perceber do que está abrindo mão quando Maria começa a namorar outra garota. Será tarde demais para Gabriela se declarar?

NINA ROSA SÁ 
Iniciou sua carreira de roteirista em 2016, na Rede Globo. Desde então participou de importantes incubadoras, como a Residência Base e o Núcleo de Projetos Audiovisuais de Curitiba. Em 2019 ficou entre as semifinalistas do Cabíria Prêmio de Roteiro e em 2020 recebeu uma menção honrosa para o piloto O Crime do Iguaçu, que no mesmo ano foi selecionado em edital de desenvolvimento do PROAC. 

AQUILOMBA 

Ficção histórica e Fantasia | Público jovem e adulto 

Brasil, séc. XIX. Nas profundezas da Mata do Cipó, a guerreira Aziza é avisada pelo feiticeiro Erasto 7 Cabaças sobre uma guerra iminente que ameaça o Quilombo do Mutum. É chegada a hora de reaver os objetos mágicos oferecidos pelos Orixás, que foram tomados de seu povo. Sob o comando de Antonia Ferreira, braço direito de Aziza, os guerreiros aquilombados partem na missão de recuperar as relíquias que estão em posse dos escravocratas. Rosa dos Pretos é uma forte aliada do Quilombo, e carrega informações que obtém na Casa Grande e na Vila do Porto. Com habilidade de transitar de corpos e acessar a memória de seus antecessores, Rompe-Mato é a chave para a localização das relíquias. Eles enfrentarão as tropas do estado e as milícias contratadas pelos fazendeiros, nessa zona de conflito armado.  

DOUGLAS CARVALHO DOS SANTOS, FLORA E SILVA SUZUKI E GRAZI LABRAZCA  
Douglas é roteirista e diretor. Graduando em Cinema, roteirizou e dirigiu o telefilme documentário “Upa, Neguinho!”, em fase de pós-produção. Flora é roteirista e diretora. Bacharel em Cinema, realizou curtas e foi semifinalista do Concurso de Roteiro do Fest. Fade to Black. Grazi é roteirista e realizadora. Graduada em Cinema e em Letras, com especialização em Literatura Brasileira e História Nacional

CAROÇO DE MANGA 

Dramédia | Público mulheres e homens, entre 18 e 35 anos

Sabrina passa de anônima a subcelebridade ao ter um vídeo íntimo vazado na internet. Sua resposta? Abrir uma produtora erótica, a Caroço de Manga. Com ângulos esquisitos, suor no bigode, pau pequeno e peidos vaginais, a Caroço de Manga mostra o sexo como ele é, sem filtros. Paralelamente às investigações oficiais sobre o crime virtual, Sabrina procura ex-namorados para entender como o vídeo foi vazado — e é aqui que a futura diretora de filmes adultos lida com as próprias contradições quando o assunto é bancar seus desejos. Sabrina quer mudar a indústria, de dentro para fora, e não mede esforços para a Caroço de Manga ser um sucesso, mas quando o autor do crime vem à tona, todo o trabalho e afeto construídos até aqui correm perigo.

JÚLIA BALISTA 
Roteirista e dramaturga, formada em Comunicação Social (PUC-SP) e em Dramaturgia (SP Escola de Teatro). Em 2020, mudou-se para Salvador com o projeto de série “Caroço de Manga”, aprovado no curso de extensão de Desenvolvimento para Roteiro de Série de TV, na UFBA. O projeto participou de rodadas de negócios com os players Glaz Entretenimento, Moonshot Pictures, Netflix e O2 Filmes. 

COVERLAND 

Comédia musical | Jovens e adultos da comunidade artística

Glória (29) é uma jovem cantora gospel que ajuda os tios pastores na Congregação Evangélica de Umburana. Sua rotina transborda bênçãos, já que sozinha ela lidera o coral, contabiliza os dízimos e programa os eventos sociais da igreja, ou seja, o lugar no céu está mais do que garantido. Mas, como Satanás não se agrada com a felicidade do crente, uma casa de shows com performances covers chamada de Buraco Quente resolve reabrir as portas nos arredores da igreja. A novidade chama a atenção de Glória que entra no Buraco, canta, se diverte e passa a frequentar o espaço às escondidas. Sua vida dupla a mantém dividida e aos poucos ela vai sendo confrontada a tomar uma decisão, mas no final ela entende que suas impressões de céu e inferno podem coexistir num mesmo lugar. 

LEANDRO SOUZA 
Roteirista autodidata, formado em Produção Cultural pela UFBA/2014, teve seu primeiro curta documental “A Beleza Invisível” premiado e exibido pelo Canal Futura. Participou de cinco laboratórios de roteiro nos últimos dois anos com projetos de curta, longa e série. Atua como produtor executivo no NordesteLAB e é assistente de roteiro no projeto “YouTube Originals – Creators Spotlight Brasil”.

DEUS QUE ME PERDOE 

Comédia | Jovens e adultos 

A incansável e sempre inconveniente Paulina se muda para Santo Antônio do Rio Bendito, interior do Paraná, determinada a acudir a pequena paróquia da cidadezinha e ajudar sua nova comunidade a conquistar um sonhado pavilhão de festas. O problema é que ninguém ali parece disposto a cooperar: Padre Camargo é um egoísta preguiçoso, Carmo é uma ministra ranzinza, a coordenadora Madalena está mais preocupada com suas pretensões políticas e a própria Paulina é uma teimosa cheia de pecados que fariam Jesus torcer o nariz. Fofocas, picuinhas e mal-entendidos insistem em aparecer, deixando o mandamento “ame o próximo” em segundo plano. Mesmo com tudo isso, ninguém aqui é vilão. São só devotos que não se suportam por debaixo dos panos, mas ainda agarram as mãos uns dos outros na hora do Pai-Nosso.

TAYLON NIZER 
Graduando em Licenciatura em Teatro pela UNESPAR. Roteirizou e dirigiu a peça Auto do Submundo, apresentada no Festival de Teatro de Curitiba em 2019 e o podcast de ficção “Pele de Cordeiro” , lançado em 2021. Além de desenvolver o projeto “Deus que Me Perdoe”, selecionado no NPA Curitiba 2021, escreve projetos independentes e trabalha como redator.

GAROTAS DE OURO 

Comédia Dramática | Mulheres e homens, 35 anos +

Vera, Betty, Bruna e Zezé são ex-integrantes das “Garotas de Ouro”, grupo musical de sucesso na década de 70. Há muito distantes dos holofotes, as quatro atravessam crises existenciais distintas e precisam encontrar novos rumos para suas vidas. Vera está desiludida com a música e quer manter sua “vida normal”; Betty está certa de que vai morrer e quer aproveitar a vida ao máximo; Bruna acaba de se separar dos seus dois maridos e busca um recomeço; Zezé está perdendo controle da empresa que ela mesma criou e quer recuperar seu espaço. Voltar aos palcos parece ser a solução para todas, mas não será fácil. Juntas, enfrentam conflitos familiares e a caretice do cenário musical  munidas de alguma coragem e muito relaxante muscular.

LARA KOER E MARÍLIA NOGUEIRA 
Com mais de 15 anos no mercado audiovisual, Marília Nogueira acumula experiências em roteiro e direção que vão do branded content ao longa-metragem. É idealizadora do Cabíria Prêmio de Roteiro que fomenta a presença de mais mulheres e diversidade nas telas e atrás das câmeras. Lara Koer é roteirista, diretora e montadora, dedicando-se a projetos com protagonistas mulheres e pessoas LGBTQIA+.

KATZ & ROSENBAUM 

Comédia | Adultos e jovens adultos

Rafa Katz (25) e David Rosenbaum (24) são dois judeus sonhadores, loucos para chegar ao topo, mas infelizmente nem todo mundo nasce para vencer. Rafa é um empreendedor. Confiante, ele vive metido com projetos visionários, como o app iAntissemita, que pretende identificar se uma figura pública é ou não é antissemita, mas seu jeito inconsequente de tocar os negócios o leva sempre ao fracasso. David largou a medicina para virar comediante e agora vai tentar se tornar o principal comediante da comunidade, se apresentando em casamentos e bar mitzvahs. O problema é que ele morre de medo de subir no palco. Os dois lidam com os fracassos de suas vidas dentro da comunidade judaica de São Paulo e estão aí para mostrar que o clichê do “judeu bem-sucedido” nem sempre é verdadeiro. 

BRUNO BLOCH, DANIEL SARTÓRIO E GABRIEL GHIDALEVICH 
Bruno Bloch é roteirista da série “Bugados”, do Gloob, escreveu o longa “B.O.”, indicado ao Prêmio ABRA, e é apresentador do podcast “Primeiro Tratamento”. Daniel Sartório é comediante, podcaster e roteirista, além de editor chefe da revista de humor Minhocazine. Gabriel Ghidalevich é diretor e roteirista, faz cinema e tem grande experiência na publicidade, com filmes para Coca-Cola e Netflix. 

PAU QUE NASCE TORTO 

Comédia dramática | Jovem e adulto

Agildo (30) é uma bicha má e debochada que performa uma música do “É o Tchan!” num poste de um boteco de esquina. Antes de terminar um verso da canção, ele cai de cabeça na calçada em frente aos amigos. Após 24 anos inconsciente no hospital, ele acorda pronto para terminar a performance, mas essa bicha — agora velha — precisa morar com seu sobrinho Hugo, um jovem gay de 20 anos, que tem uma visão de mundo bem diferente. Agildo busca os antigos amigos, que não envelheceram tão bem: um virou pastor, outra está falida e sobra Rubinho, um cara acolhedor, com quem se diverte em saunas e bebedeiras. Em uma tragicomédia de erros, Agildo precisa aprender a ser um homem gay de meia idade num mundo onde nada é familiar e que cada palavra deve ser medida antes de ser dita. 

SÉRGIO SANTOS BARROSO
Finalizando a graduação em cinema e audiovisual pela UNESPAR, sempre teve interesse em roteiros audiovisuais, dirigiu e roteirizou curtas, um deles para a TV, “Volte Sempre”, dois deles participantes de mostras nacionais, “Heaven”e “Bela Vista”, participou de cursos de roteiro e núcleos de dramaturgia, participa do Núcleo de Produções  Audiovisuais de Curitiba (NPA).

PRETENDENTES 

Drama | Público: Adultos e pessoas que se identificam com o processo de adoção

Quando uma criança é “devolvida” pelo casal que a havia adotado, a workaholic e perspicaz psicóloga da Vara da Infância Ana Rita decide tornar mais rigoroso seu processo de avaliação de pretendentes à adoção. Enquanto lida com uma separação recente e luta para manter uma relação saudável com o filho adolescente, Ana Rita estimula três pretendentes — uma profissional ambiciosa, mas ávida por agradar aos pais e à esposa; um casal hétero que sonha com um filho, mas tem problemas de fertilidade e de comunicação; e um zelador atencioso, mas com baixa autoestima — a vivenciarem intensos processos de individuação e a questionarem sua real motivação para se tornarem pais.

HELENA UNGARETTI 
Cineasta formada em Audiovisual pela ECA-USP. Dirigiu os curtas-metragens “De Castigo” (Prêmio de público no Festival de Tiradentes), “E” (Prêmio Mostra Foco Festival de Tiradentes) e “O Castelo” (Prêmio Itamaraty Kinoforum). Atua como assistente de direção em projetos ficcionais e como pesquisadora em projetos documentais.

TÊNUE 

Suspense, Drama investigativo e Drama psicológico | Público Adulto

Julia, uma médica legista da cidade de São Paulo, desistiu do sonho de ser neurologista por sofrer de Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI) e ter dificuldades em manter sua condição sob controle. Quando Julia começa a ter estranhas lembranças com algumas vítimas nas quais ela realizou a necropsia, e sem ter nenhuma explicação plausível para tal fato, a médica passa a acreditar que uma de suas personalidades alternativas é responsável pelos crimes. Desesperada com essa possibilidade, ela conduz uma investigação paralela à realizada pela polícia e pelos demais profissionais do IML, tendo ela mesma como a principal suspeita. 

BRUNA DEROSE 
Roteirista e cineasta, bacharel em Cinema e Audiovisual pela UNIFOR (Universidade de Fortaleza). Desde o início de sua carreira, em 2012, já desenvolveu projetos para web, TV, cinema e games. Foi contemplada com um prêmio de roteiro em 2018, no festival ROTA. Em 2020 cofundou a produtora Mirai Filmes, que atua primordialmente no setor de animação 2D e motion design. 

TRANSANTES 

Multigênero (antologia) | Adultos abertos a temas sexuais e recalcados curiosos

“Transantes” é uma série antológica de ficção que traz histórias independentes sobre sexo. Mas como sexo nunca é só sexo, a narrativa desnuda também o que se esconde atrás do desejo. É sobre uma mulher casada que não abre mão do controle nem da excitação das primeiras vezes com outros homens, sobre um jovem viciado em pornografia que não sente prazer com a namorada, sobre um pai que confronta suas próprias fantasias ao descobrir a vida secreta de crossdresser do filho e outras tantas experiências de todas as cores. É um passe livre para o buraco da fechadura, para descobrir o que se passa nas camas alheias e o que o sexo revela sobre nós. Do outro lado desta porta, podem estar situações que nos excitam, surpreendem ou chocam, nos instigando a pensar sobre nossas próprias escolhas sexuais. 

YANNIK D’ELBOUX 
Jornalista há 20 anos. Colaboradora do UOL até 2017 com matérias sobre comportamento e sexualidade. Autora do blog Para Pensar em Sexo, também foi colunista do Papo de Homem e Casal Sem Vergonha. Na área de roteiro, fez cursos com Ricardo Tiezzi, David França Mendes e foi uma das 20 selecionadas para o GloboLab, com projeto de websérie. Formada em criação audiovisual pelo “ISPRA”, na França.

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